A mente deseja e não vê.
Quando nossa vida é controlada pela mente, ela é cheia de desejos. Um futuro completamente baseado em planos estruturados e perseguidos, agendas mentais, estruturas muito sólidas e enraizadas completamente no medo. Quanto mais profundos são nossos medos, mais estratégicos pensamos que temos de ser. E assustados, corremos atrás de coisas, situações, trabalhos, relacionamentos e sonhos que nada dizem sobre nós.
Passamos a vida ocupados, acreditando que somos alguém que não somos. E assim, programados, recebemos todo tipo de condicionamentos que não nos permite vermos a nós mesmos e tão pouco o que viemos para VER.
O NÃO SER é muito sonhador e, está cheio de deverias: ‘deveria isso e/ou deveria aquilo’. Quando está no NÃO SER, você tem a ilusão que só então após a conquista sonhada, estará finalmente vivendo a vida que desejou. O que não se dá conta é sobre o quanto dinâmica e caótica a vida é. E que, sem permissão, muda o jogo e, desaba com qualquer ilusão projetada que fazíamos acerca do futuro.
E não importa o quanto já tenhamos provado dos atalhos do caminho, somos muito vaidosos para abandonar o controle de tudo que nutrimos a respeito de nossas expectativas.
No entanto, nossa vida não passa de uma manifestação do movimento que acontece através de nossa geometria. Sendo assim, o Desenho Humano nos mostra que o único lugar onde ir é dentro de nós mesmos. É sobre estar consciente neste mundo mundano. É sobre VER.
Só podemos conhecer o nosso propósito, quando estivermos indefesos e rendidos ao nosso corpo (forma), segundo o DH. Somos um mecanismo com uma mecânica precisa que experimenta as frequências da vida.
Quando entendemos a temporalidade de nossas fantasias, somos capazes de finalmente vivermos o nosso próprio filme. E sermos uma testemunha de nossa própria vida, simplesmente como um observador.
O quanto você abraça, aceita e se reconhece em sua singularidade?
Pode ser muito incomodo ser «anormal»! Você se banca viver num mundo de iguais e ser único?
O Desenho Humano não é um caminho de rosas. Ele fará você olhar e confrontar a sua sombra. Será que você está pronto?
É preciso coragem, para ver e depois SER. Ao final é tudo uma questão de Ver o que temos que Ver.
Texto e fotografia: Luciana Aguilar