A difícil arte de esperar
Estarmos vivos nessa curta experiencia corpórea, pode ser um caminho muito significativo e prazeroso quando não fazemos dessa caminhada um andar rumo a um objetivo. Se nos guiarmos por nossa mente, não teremos nenhuma chance de apreciar as tantas belezas que existem no inesperado. Ao contrário, ficaremos perplexos a cada expectativa frustrada, e depois de uma certa idade, já cansados, aprenderemos a duras lições, que a vida sempre vence.
Quando caminhamos em resposta e receptivos com olhos atentos a cada passo que damos, construímos um novo caminho que não importa aonde vai dar. O objetivo não é o final, tao pouco a meta, mas o de descobrir novas possibilidades, novos sentimentos e novas habilidades. Assim se aprende e se leva uma vida enriquecedora.
Esperar, no entanto, é o oposto de viver uma vida mental. A mente não é ruim, ela tem incríveis dons, mas ela não é preparada para estar no comando de nossas decisões, ela simplesmente não é capaz. No Desenho Humano (DH) aprendemos, de maneira visual e mecânica, que é o corpo quem está apto a dirigir-nos. Ele sabe onde nos levar, conhece onde estarão as pessoas corretas e os lugares certos para que nossa experiência seja algo que nos transforme.
Imagine, o quanto você se sentiria mais leve, se tudo o que importasse fosse apreciar cada dia apenas com a sensação de estar presente e sem se importar aonde chegaria, parece uma atitude irresponsável, não?
Isso é percebido assim, porque ainda acreditamos e vivemos como se fossemos seres de 7 centros, e não 9, onde a sobrevivência era o foco e a razão de estar vivo. Você nunca se permitiu sequer ousar, largar esse controle mental, e ver o que acontece! Viver no movimento da vida, sem a interferência da mente, é a aventura mais verdadeira e mágica que você pode experimentar. Quando estamos nesse flow, ah… a espera não é nenhuma tortura, ela é uma espera atenta, perceptiva e calma.
Afinal, somos apenas passageiros!
Texto e fotografia: Luciana Aguilar