Desenho Humano

O propósito é nutrir-nos

Temos uma ilusão de que devemos ir para algum lugar. Não existe aonde ir. A terra onde habitamos é redonda e portando, nenhuma reta a se chegar, a não ser fluirmos com o movimento.

Sim, é verdade, existe um imperativo genético e existe uma impressão cósmica em cada um de nós no momento do nosso nascimento. Juntos formam nosso propósito, nossa viagem por esse tempo com prazo de validade, como em um mapa.

Este mapa é o que nos mostra o Desenho Humano Aqui estamos para que dentro desse veículo (corpo) possamos expandir nossa consciência. Uma das coisas mais alucinantes que aprendi, quando comecei a experimentar o meu Desenho e entender as mecânicas do nosso corpo gráfico, é que não há maneira de expandirmos nossa consciência sem experimentar a vida do corpo. No mundo mundano, «gastar» nosso tempo, vivendo experiências com todas as nuances humanas.

Expandir nossa consciência, não se faz somente através de mantras, de leituras de livros de meditação, de nos conectarmos com algo telúrico e transcendente, de irmos para um mosteiro ou fazer alguma viagem espiritual. A iluminação acontece vivendo a vida do corpo, estando presente. Somos um arquétipo humano e estamos aqui para, definitivamente, sentir, aprender, processar, entender, conceitualizar, nos inspirar, trocar experiências, viver ciclos, sentir a vida que pulsa dentro de nós.

Ra Uru Hu, quem trouxe essa informação do Desenho Humano ao mundo, dizia: «ignorante antes do despertar, ignorante depois do despertar.»

O que você veio fazer aqui? Esta é a pergunta que sempre estamos buscando a resposta. Quando conhecemos como funcionam nossa energia, e isso nos é mostrado em nosso Desenho de maneira precisa, podemos finalmente descansar desta luta insana de achar que temos um lugar aonde chegar, algo a ser cumprido e de pensar que nossa mente sabe exatamente o que deve ser feito para finalmente nos sentirmos seguros.

A segurança que nossa mente busca, e pensa ter, nada mais é do que matar o processo evolutivo da vida em nós. É perder a beleza de viver a intensidade de estar vivo numa aventura completamente desconhecida, e descobrir o quanto nossa forma humana está aqui para «assistir o filme». Assim se expande a consciência, nos «sujando» de vida. Assim é como nosso espírito se sente potencializado e preenchido.

A vida segue adiante na evolução. O despertar, a tal iluminação que você tanto busca, só é possível quando você esta sendo presente no agora. Sendo quem é e contemplando a vida como é.

Texto e fotografia: Luciana Aguilar